A Descoberta da Lentilha e Outras Estórias

Lilypie 1st Birthday Ticker

8.03.2006

Os meus sonhos são sempre estranhos. A maior parte das vezes são mais do que estranhos. São maus. São incómodos. São angustiantes.

Não me lembro de alguma vez ter tido um sonho em que desejei não acordar. Se alguma vez tive um sonho bom, esse não chegou ao meu consciente e ficou perdido no buraco negro que é o nosso inconsciente.

Aprendi a perceber os meus sonhos. Sei que os sonhos me ajudam a exorcizar o que me vai na alma. Muitas vezes ajudam-me a perceber-me melhor.

A dada altura percebi que muito do meu mau humor durante o dia se ficava a dever a algum sonho desagradável que tinha tido, mas que não me lembrava de manhã. Quando finalmente me lembrava do que tinha sonhado, então o meu dia passava a ser bem melhor. Depois de ter percebido isto, sei que não me posso deixar levar pelo meu inconsciente. Quando acordo de mau-humor, combato-o na hora, e deixo que a minha razão prevaleça sobre o buraco negro que me vai no cérebro.

Inevitavelmente começaram os sonhos com a Daniela. Todos os livros dizem que é natural as grávidas sonharem com os filhos. Normalmente a ansiedade de que tudo corra bem faz com que os sonhos sejam sempre reflexos dos medos que temos.

A amiga Su por exemplo, sonhava que o H. nascia e que ela não tinha fraldas! O que se resolveu rapidamente com uma ida ao supermercado :-)

Eu sonhei que deixava a Daniela a dormir 3 andares abaixo do meu. Sozinha. E que a ía buscar de manhã com algum sentimento de culpa. E que quando lhe pegava ela se abria num sorriso lindo. Numa típica mudança de cenário, às tantas tinha-a deixado com outras pessoas e quando cheguei para a ir buscar ela tinha fita adesiva na boca. Tirei-lha e novamente ela se abriu num enorme sorriso. Daqueles que só os filhos fazem para as Mães.

Acho que isto ilustra o medo que tenho de que ela seja uma daquelas choronas que não se calam. E ao mesmo tempo a culpa que sinto por achar que me vai faltar a paciência e chegar a desejar que ela não existisse...

Curiosamente no sonho, não a ouvi chorar nem uma vez. Aliás, agora que falo disso, o meu sonho era mudo. Ninguém falou. Ninguém chorou. Não me lembro de um único som.

Outro dado importante é que no caso ela teria para aí 6 meses. Sim, porque muitas vezes eu acho que não vou ser capaz de tomar conta de um bébé recém-nascido. Era bem melhor se nascesse já com a estrutura dos 6 meses...

Hoje também devo ter sonhado alguma coisa muito estranha, mas não me lembro o quê. Não faz mal, tenho mais 5 meses para fazer auto-análise.

Freud teria adorado conhecer-me!

1 Comments:

  • Já sabia da tua história dos sonhos...mas nunca me tinha apercebido que NUNCA tens (ou lembras) sonhos bons. Isso é estranho. E stressante... Eu já tive muitos sonhos que não me apetecia mesmo acordar. Raros em mim são os pesadelos...

    By Blogger Susie, at 1:54 da tarde  

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