A Descoberta da Lentilha e Outras Estórias

Lilypie 1st Birthday Ticker

9.28.2006

Há 5 tipos de pessoas:

- As que têm ideias, mas não têm iniciativa;
- As que têm iniciativa, mas não têm ideias;
- As que têm ideias e iniciativa;
- As que não têm nem ideias, nem iniciativa;
- As que andam a reboque das ideias e da iniciativa dos outros.

Os primeiros inventam sempre muitas coisas para fazer: ele é idas ao cinema, ao teatro, é fins de semana fora, são projectos de futuro, são negócios, são declarações de princípios e tomadas de posição. Quem os ouve e não os conhece, acredita francamente que serão capazes de fazer tudo aquilo que apregoam e que a vida daquela pessoa deve ser uma constante emoção. Pura ilusão. Na prática, nunca saem do sofá onde lhes surgiu as ideias, não vão elas fugir-lhes por entre os dedos.

Os segundos são aqueles que, sozinhos, não conseguem imaginar grande coisa, mas que quando confrontados com um: " E se fossemos....?", são os primeiros a saltar do sofá para pôr em prática o que acabou de ser sugerido.

Os terceiros são o sonho de qualquer um. Perante um novo horizonte que eles próprios criaram, surge a acção que permite a sua realização. Basicamente: Deus quer, o Home sonha, a obra nasce.

O quarto tipo de pessoas são aquelas a quem Deus se esqueceu de dar um cérebro pensante. A vida destas pessoas é igual todos os dias. E para eles parece estar bem. Não têm mais ambições. Não têm outros ideais. Nem sequer imaginam que as coisas podem ser diferentes. Acordam. Vão para o trabalho. Voltam. Jantam. Dormem.

Os últimos. Aqueles que sozinhos não são capazes de coisa nenhuma. Mas que seguem os outros para todo o lado, na crença infundada de que são donos da sua própria existência.

9.21.2006

Não sei se já escrevi, ou se só pensei. Eu penso muitas coisas que gostava de escrever mas que depois se ficam apenas pelos pensamentos. Às vezes por preguiça, outras por falta de oportunidade, muitas por simplesmente não querer publicar.

Antes de estar grávida, nunca tinha pensado em como é brilhante e verdadeiramente milagroso o facto de uma criança poder formar-se dentro de nós. Era fascinante, mas não tinha esta dimensão de.... (falta-me uma palavra que descreva efectivamente o que eu quero dizer)... esta grandiosidade!

E agora, que já a sinto diariamente, parece que entrei noutra dimensão. Sei onde ela está, sei que anda de um lado para o outro (ainda tem espaço!) a fugir das mãos quentes que a tentam sentir.

Normalmente está sossegada durante a manhã e começa a dar sinal de vida lá para meio da tarde. Depois mantem-se mais ou menos agitada até à noite, altura em que me deito a ler e invariavelmente tenho que me sentar porque lhe roubo o espaço e ela decide pontapear-me para eu perceber que não está cómoda.

Às vezes também acho que está demasiado em baixo, mas não gosto de ser paranóica e se ainda a semana passada fiz a ecografia e fui à médica e estava tudo bem, é porque está de certeza.

Ontem a minha Mãe conseguiu senti-la. Como anda babada a minha Mãe! Embora não seja a primeira vez, já lá vão quase 14 anos desde a emoção do primeiro.

Ambas as Avós têm nesta neta a paz e a alegria de se ser Avó em toda a sua plenitude. Sem reticências. E isso percebe-se pelo brilho nos olhos e pela simplicidade dos sorrisos.

Para a Daniela tenho apenas um sonho. Que seja sensata, justa e coerente com ela própria.

No fundo, no fundo, acho que todos nós queríamos ser um bocadinho como Deus, e criar os nossos filhos à nossa imagem e semelhança.

Felizmente nem todos conseguem :-)

Ténis...

... a segunda melhor invenção do mundo....

...logo a seguir às calças de ganga!

9.13.2006

Ontem foi dia de ecografia morfológica. É incrível como antes de cada ecografia fico com uma tremenda ansiedade.

Felizmente estava tudo bem e está mais que confirmado que será uma Daniela!

Apesar de estar de costas (estou farta de lhe dizer que não se vira as costas às pessoas quando estão a falar connosco, mas não há meio) conseguiu ver-se tudo: coração, pulmões, estômago, rins e sei lá que mais que tudo o que deixam de ser pernas, braços e cabeça eu deixo de perceber de que é que estamos a falar!

E como estava de costas não lhe consegui ver a cara, mas hoje que vamos à consulta vou pedir à médica para "espreitar" só um bocadinho :-)

9.12.2006

Às vezes, gostava de entrar na tua cabeça e perceber o que por aí se passa. Tenho muitas vezes a sensação de que deveria saber falar uma língua diferente para poder falar contigo. Assim como o Harry Potter fala serpentês sem saber como.

Acho que hoje é o dia em que a vida, tal como a conheces, fica para sempre diferente. Em que percebes que afinal nem tudo é para sempre. E que à nossa volta as coisas mudam. Como um dia alguém lhe chamou, acabou para ti a "idade da imortalidade" e começa agora uma nova era.

As tristezas que nos acontecem podem ter um de dois caminhos: podem servir para nos sentirmos uns mártires do destino ou então podem servir para nos mostrar que a única forma de vivermos é aproveitarmos cada momento e agradecermos as coisas boas que a vida nos traz.

Espero, do fundo do coração, que este embate sirva para te mostrar que a vida vale a pena viver, porque apesar d etudo, ainda tem muitas coisas boas.

9.07.2006

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Para mais informações é favor deixar mensagem neste mesmo espaço.

Ontem à noite foi um rebuliço! A Daniela passeava-se de um lado para o outro, de cima para baixo, com muitos pontapés à mistura. De tal maneira que o M. também sentiu e chegou a ser visível do lado de fora.

Já anteriormente eu tinha sentido um pequeno "navegar" cá dentro. Várias vezes. E escusam de me vir dizer que eram gases porque gases tenho eu há 32 anos e nunca foram assim! Às vezes sentia também uma pressão cá dentro. Como se ela se estivesse a espreguiçar e me empurrasse a barriga com os pés.

Ontem foi diferente. Ontem consegui perceber perfeitamente por onde ela andava, e andava principalmente a "fugir" da mão quente do Pai :-)

9.05.2006

Sonhei que ela tinha nascido. Não na altura devida, mas agora, 4 meses antes do suposto. Mas ao contrário da vida real, no meu sonho isso não foi um problema. Não foi sequer preciso incubadora. Nasceu e estava bem.

No sonho, não tive dores, nem costuras, nem qualquer complicação para que ela nascesse. Nasceu simplesmente. Como quem sopra uma vela. E no meu sonho ela não chorava. Estava sempre sossegada. E era pequenina. E era muito linda.

Pela primeira vez, lembro-me de um sonho que não foi mau. Foi bom. Pacífico. Um sonho sem angústias nem stresses.

Pela primeira vez, gostava que o meu sonho fosse verdade.