A Descoberta da Lentilha e Outras Estórias

Lilypie 1st Birthday Ticker

8.22.2006

Vivemos fechados em estereótipos que criámos ou nos apresentaram como sendo os certos. Presos na rede do que deve ser, como deve ser, porque sim.

Acreditamos que as vidas são desperdiçadas porque não são vividas como nós acreditamos que devem ser. Ou simplesmente como nós as vivemos porque não temos coragem de fazer diferente.

"Live fast. Die young." Pode ser um mote de vida tão bom como outro qualquer.

8.17.2006

Não gosto quando ficamos só duas. Falta qualquer coisa. Falta a opinião que fecha a decisão. Falta a experiência de vida que mostra tudo com mais clareza. Falta o lado sereno e sensato. Ou então falta o lado emotivo que tempera a vida.

Os 5 meses vezes 3 em que faltou uma peça do puzzle foram estranhos. Eu diria que foram mais pobres. Tenho a sensação de aprender todos os dias mais qualquer coisa. De sair daqui um bocadinho mais rica por dentro.

E quando acordo de manhã e penso: não quero ir!, sei que vou chegar ao fim do dia e que, de alguma maneira, terá valido a pena.

Pronto, hoje deu-me para aqui. Pode ser que daqui a pouco me dê para outra coisa!

8.09.2006

Duas expressões que me irritam profundamente:

Um sítio na Internet - é impressão minha, ou sítio implica um espaço físico? Ou seja, tudo o que a Internet não é...

Em Portugal e na Europa - ah, desculpem lá, não sabia que Portugal era em África...


Sim, já sei que estou irritante. E que as hormonas e não sei quê! Mas convenhamos, há mínimos para a paciência!

8.08.2006

Acabei de olhar para uma colega minha e de me lembrar do comentário que ela fez quando soube que eu estava grávida:

"Também tu, Brutus?!"

O que me fez chegar à conclusão que no fundo, no fundo, as mulheres querem todas o mesmo. E que ficam roídas de inveja quando as outras mulheres alcançam aquilo que todas querem.

Ainda que sejam lésbicas como é o caso...

(Sim, eu sei, ando impossível, nada tolerante e de língua ainda mais afiada. Mas o que é que querem? Olhei para a rapariga e irritei-me com a história! E como a esta hora já não tenho com quem desabafar, tive que vir aqui...)

8.04.2006

Amanhã faço anos. É sem dúvida o meu dia preferido!

É inegável. Sou Leão. Há muitas características deste signo que não tenho, mas o gosto pela atenção dos outros em relação à minha pessoa é sem dúvida uma delas.

Gosto de sentir que os meus amigos gostam verdadeiramente de mim. Que não deixam de me ligar a dar os parabéns, de estar comigo quando eu os convido para a festa.

Mas não é só isso. Gosto do dia dos meus anos porque gosto de celebrar o facto de existir. De poder disfrutar do mundo.

Este ano estou especialmente feliz. Por existir, por fazer anos, por saber que no dia de amanhã vou poder estar com todas as pessoas que marcam a minha vida, que de alguma maneira fazem a diferença. E não estará nem uma por obrigação. Estarão todas por prazer. Porque fazem os meus dias melhores. A minha vida mais feliz.

Este ano estou especialmente feliz porque estou feliz por ter comigo (em mim) a Daniela. É estranho, mas a verdade é que sinto que ela já faz parte da minha vida.

E é verdade que passo a vida a dizer que estou a ficar velha, que já não tenho 20 anos. Mas adoro cada ano que passa. Gosto hoje mais de mim do que gostava há 10 anos atrás. Acho que sou hoje uma pessoa mais interessante do que há 10 anos atrás. Mais alegre, mais bem-disposta, melhor com a vida, com o mundo, comigo mesma.

Amanhã faço 32 anos e não trocava essa idade por nenhuma outra. Não trocava a minha vida por nenhuma outra. Em resumo: sou feliz! E esse é um enorme privilégio!

8.03.2006

No dia 1 de Julho, dia do aniversário da minha amiga Andreia e este ano do jogo Portugal-Inglaterra, senti pela primeira vez que dentro de mim estava alguma coisa que antes nunca tinha sentido.

Já durante os penalties, tive a mesma sensação de borbulhar que se tem quando se sopra por uma palhinha para dentro de um copo com água. Do lado esquerdo. Fazia apenas 11 semanas no dia seguinte, mas o stress e a ansiedade daquele jogo devem ter posto a criança num alvoroço!

No dia em que fiz a ecografia e soube que é uma menina, no dia 18 de Julho já com 13 semanas, tornei a sentir uma coisa semelhante e no mesmo sítio. estava eu a fazer os devidos telefonemas a anunciar ao mundo que seria contemplado com mais uma mulher.

Não sei se nesse mesmo dia se no dia seguinte, quando à noite me deitei meia de lado, meia de barriga para baixo, senti como que um "pontapé" a dizer-me: "dá para me dares espaço?". Mais uma vez do lado esquerdo!

Esta semana (15ª) tenho sentido, ao final da tarde quando chego a casa e me sento no sofá, alguma "movimentação". Como que uma cobra que se passei acá dentro. Não é muito perceptível, mas é diferente de tudo o que alguma vez tinha sentido.

Estou a ficar impaciente para a sentir mexer declaradamente.

Os meus sonhos são sempre estranhos. A maior parte das vezes são mais do que estranhos. São maus. São incómodos. São angustiantes.

Não me lembro de alguma vez ter tido um sonho em que desejei não acordar. Se alguma vez tive um sonho bom, esse não chegou ao meu consciente e ficou perdido no buraco negro que é o nosso inconsciente.

Aprendi a perceber os meus sonhos. Sei que os sonhos me ajudam a exorcizar o que me vai na alma. Muitas vezes ajudam-me a perceber-me melhor.

A dada altura percebi que muito do meu mau humor durante o dia se ficava a dever a algum sonho desagradável que tinha tido, mas que não me lembrava de manhã. Quando finalmente me lembrava do que tinha sonhado, então o meu dia passava a ser bem melhor. Depois de ter percebido isto, sei que não me posso deixar levar pelo meu inconsciente. Quando acordo de mau-humor, combato-o na hora, e deixo que a minha razão prevaleça sobre o buraco negro que me vai no cérebro.

Inevitavelmente começaram os sonhos com a Daniela. Todos os livros dizem que é natural as grávidas sonharem com os filhos. Normalmente a ansiedade de que tudo corra bem faz com que os sonhos sejam sempre reflexos dos medos que temos.

A amiga Su por exemplo, sonhava que o H. nascia e que ela não tinha fraldas! O que se resolveu rapidamente com uma ida ao supermercado :-)

Eu sonhei que deixava a Daniela a dormir 3 andares abaixo do meu. Sozinha. E que a ía buscar de manhã com algum sentimento de culpa. E que quando lhe pegava ela se abria num sorriso lindo. Numa típica mudança de cenário, às tantas tinha-a deixado com outras pessoas e quando cheguei para a ir buscar ela tinha fita adesiva na boca. Tirei-lha e novamente ela se abriu num enorme sorriso. Daqueles que só os filhos fazem para as Mães.

Acho que isto ilustra o medo que tenho de que ela seja uma daquelas choronas que não se calam. E ao mesmo tempo a culpa que sinto por achar que me vai faltar a paciência e chegar a desejar que ela não existisse...

Curiosamente no sonho, não a ouvi chorar nem uma vez. Aliás, agora que falo disso, o meu sonho era mudo. Ninguém falou. Ninguém chorou. Não me lembro de um único som.

Outro dado importante é que no caso ela teria para aí 6 meses. Sim, porque muitas vezes eu acho que não vou ser capaz de tomar conta de um bébé recém-nascido. Era bem melhor se nascesse já com a estrutura dos 6 meses...

Hoje também devo ter sonhado alguma coisa muito estranha, mas não me lembro o quê. Não faz mal, tenho mais 5 meses para fazer auto-análise.

Freud teria adorado conhecer-me!

8.02.2006

Só conheço uma pessoa que apanha escaldões no umbigo.....

EU!!!!

Será porque parece uma cratera?!

8.01.2006

Eu havia de dar com a coisa!

Andei aqui às voltas com este template e já estava a ficar verde. As semanas que apareciam na barra não estavam correctas, porque tenho menos a tal semana do que pensava. Para alterar isso, não sei que raio fiz para aqui que desapareceu tudo. Depois não conseguia pôr a barra no sítio certo...

Mas agora já está tudo no sítio e com os tempos certos. Pena não poder ficar por aqui. Com o tempo que já perdi com isto, agora tenho mesmo é que ir trabalhar!